A Telefônica (VIVT3), dona da operadora Vivo, emitiu comunicado nesta segunda-feira (11) informando que após reunião do Conselho de Administração, aprovou pagamento de JCP (juros sobre capital) aos seus acionistas.
O montante bruto a ser pago será de R$ 200 milhões. Com retenção de imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, resulta no montante líquido de R$ 170 milhões, com base no balanço patrimonial de 31 de julho de 2023.
O valor bruto por ação foi calculado em R$ 0,12073237961 e o valor líquido após o desconto de 15% do imposto retido na fonte será de R$ 0,10262252267.
A Telefônica ainda informa que o crédito dos JSC será realizado de forma individualizada a cada acionista, com base na posição acionária constante nos registros da companhia ao final do dia 22 de setembro deste ano. Após esta data as ações serão consideradas “ex-juros”. O pagamento desse provento será realizado até 30 de abril de 2024, devendo a data ser definida pela Diretoria da Companhia.
Dona da Vivo vende fatia de 10% por US$ 2,25 bi
A Saudi Telecom vai adquirir uma participação de quase 10% na Telefônica da Espanha por cerca de US$ 2,25 bilhões. A operadora com sede em Madri controla no Brasil a Vivo.
Segundo informações da Bloomberg Línea, a telecom controlada pelo governo saudita comprou cerca de 569,3 milhões de ações e vai usar instrumentos financeiros que, uma vez a operação seja aprovada pelos órgãos reguladores, lhe darão uma participação total de 9,9% na Telefônica, segundo um documento publicado na terça-feira (5).
A transação foi financiada com uma combinação de recursos próprios da empresa e dívida bancária. Os ADRs (American Depositary Receipts) da Telefônica subiram 2,05% na terça em Nova York. A aquisição certamente atrairá o escrutínio do governo espanhol, que considera a Telefónica uma empresa de importância estratégica, operando uma infraestrutura que é fundamental para a defesa e a segurança do país.
As aquisições de participações superiores a 5% podem exigir a aprovação do gabinete do país. Há muito tempo, a operadora conta com dois bancos espanhóis, o CaixaBank e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), como seus investidores-âncora, que, juntos, detêm menos de 10% da empresa.
A aquisição ocorre no momento em que o presidente executivo da Telefônica, Jose Maria Alvarez-Pallete, se prepara para apresentar uma nova visão e estratégia para a empresa em uma reunião em novembro, o primeiro dia de mercado de capitais da empresa em mais de uma década.
Pallete, que ocupa o cargo principal desde abril de 2016, há anos tem lutado para atrair investidores e aumentar significativamente os lucros na Espanha, o maior mercado da empresa. As ações caíram cerca de 60% desde que ele assumiu o cargo.