Títulos de 10 anos

Tesouro capta US$ 2,5 bi em emissão de títulos no mercado externo

A operação realizada pelo Tesouro nesta terça-feira, ofereceu títulos com prazo de 10 anos, negociados com um rendimento de 6,75% ao ano

Foto: Freepick
Foto: Freepick

A primeira emissão de títulos em dólar feita pelo Tesouro Nacional no mercado internacional este ano conseguiu captar US$ 2,5 bilhões, segundo fontes familiarizadas com a operação, de acordo com apuração da “Reuters”.

A operação realizada nesta terça-feira, ofereceu títulos com prazo de 10 anos, com vencimento em 2035, negociados com um rendimento de 6,75% ao ano, disseram as fontes.

Ao anunciar a operação, o Tesouro afirmou que o objetivo da operação era “promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”.

Os bancos Bradesco, JP Morgan e Morgan Stanley foram os responsáveis por liderar a operação. 

O “initial price talk”, referência inicial de preços para sentir o interesse dos investidores, havia sido de 7,05%, de acordo com o IFR, uma fonte a par da operação do Tesouro confirmou a porcentagem, segundo o veículo.

O lançamento de títulos públicos do Brasil no mercado internacional tem o objetivo principal de dar referência ao mercado privado de emissão de dívida, de forma que o governo não dependa efetivamente desse financiamento externo, segundo a equipe econômica.

Os títulos públicos atrelados ao câmbio representam uma fatia menor da dívida do país, tendo fechado 2024 em 4,76% do estoque, sendo a quase totalidade disso relativa a emissões soberanas, de acordo com a agência de notícias.

A meta para 2025 estabelecida no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro é que esses papéis representem entre 3% e 7% do total da dívida, mesmo alvo do ano anterior.

Dólar à vista recua e fecha a R$ 5,68 após leilão do Tesouro

dólar à vista fechou o pregão desta terça-feira (18) em queda, voltando a operar abaixo do nível de R$ 5,70. Gestores de moeda observaram uma grande demanda pelo leilão de NTN-Bs como o gatilho para a valorização do real nesta sessão.

Uma possível compra dos papéis por investidores estrangeiros pode ter reforçado o fluxo de capital para o país. Outro sinal de interesse dos investidores globais pelo Brasil seria a alta demanda por bonds emitidos pelo Tesouro neste pregão. Com esse cenário, o real apresentou o segundo melhor desempenho frente ao dólar entre as 33 moedas mais líquidas, ficando atrás somente do peso colombiano.

Encerradas as negociações no mercado spot, o dólar registrou queda de 0,41%, a R$ 5,6887, no menor patamar desde 7 de novembro de 2024. Na mínima do dia, a moeda chegou a R$ 5,6752 e, na máxima, a R$ 5,7238. Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,77%, a R$ 5,9409, atingindo o menor patamar em sete meses, como apontou o Valor.