Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto sobem nesta segunda-feira (26). Na sexta-feira (23), os prefixados avançaram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 11,86%, com investimento mínimo de R$ 31,05. Na sexta-feira, a rentabilidade foi 11,60%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 11,92%, acima dos 11,61% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,10%, ante 11,74% anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho positivo nesta segunda-feira. Os títulos registram retorno de 5,77%, acima dos 5,71% apresentados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 também cai, gerando rentabilidade de 5,84%, ante 5,78% visto anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O índice de atividade nacional dos EUA, elaborado pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) de Chicago, caiu de +0,29 em julho para 0,00 em agosto.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reafirmou nesta segunda-feira que a autoridade monetária espera aumentar ainda mais as taxas de juros nas próximas reuniões de seu comitê.
“Reavaliaremos regularmente nossa trajetória política à luz das informações recebidas e da evolução das perspectivas de inflação. Nossas futuras decisões sobre taxas de juros continuarão a depender de dados e seguirão uma abordagem reunião a reunião. A melhor contribuição que podemos dar é assegurar a estabilidade de preços”, disse Lagarde no Parlamento Europeu.
No Brasil, o Relatório Focus, do Banco Central, ajustou para baixo as estimativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano, que agora está em 5,88%.
Os agentes financeiros aguardam a prévia da inflação oficial (IPCA-15), que será divulgada na terça-feira (27), juntamente com a ata do Copom (Comitê de Política Monetária).
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O governo da Rússia admitiu nesta segunda-feira que houve erros no processo de convocação de reservistas para lutar na guerra da Ucrânia, e afirmou que ainda não há decisão para fechar as fronteiras externas do país.