Greve

Tesouro Direto: nova paralização está em pauta para terça-feira (8)

Os servidores que operam o Tesouro Direto exigem a inclusão do aumento na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 e no Orçamento de 2025

Tesouro Nacional / Divulgação
Tesouro Nacional / Divulgação

Os servidores do Tesouro Nacional, que estão em greve desde agosto, vão enviar novamente a proposta de reajuste salarial para o governo federal na próxima segunda-feira (4). Caso a União recuse sua reinvidicação, uma nova interrupção das vendas no Tesouro Direto pode acontecer na próxima terça (8).

A exigência da categoria é a inclusão do aumento na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 e no Orçamento de 2025.

Como parte do seu movimento de greve, todas as terças os trabalhadores fazem uma paralisação generalizada de algum serviço do Tesouro Direto. O fechamento ocorreu durante as duas últimas semanas, o que impediu os investidores de comprarem novos títulos na ocasião.

Segundo o Unacon Sindical, responsável por mediar os acordos, somente após o retorno do governo à proposta que será reenviada na segunda-feira, a categoria tomará a decisão do que deve parar na próxima semana.

O sindicato afirmou que o texto não sofreu alteração desde a última reunião, segundo o “Valor”.

A recomendação da Secretaria do Tesouro Nacional para os dias de suspensões é que os investidores façam novos agendamentos para datas seguintes e evitem as terças. Outra soperações, como de resgate antecipado e agendamentos serão realizadas normalmente.

Todas as ordens de compras que foram agendados em dias de interrupções das vendas serão canceladas, segundo o veículo.

Porém, a Secretaria não indicou qual comportamento deve adotar diante das consecutivas suspensões para reduzir os prejuízos amargados pelos investidores.

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Em setembro de 2024, o Tesouro Direto registrou um desempenho marcado por uma oscilação nas taxas dos títulos, com uma tendência de alta na segunda metade do mês. Esse movimento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo o início de um novo ciclo de alta na Selic, riscos fiscais e pressões inflacionárias.

As especialistas ouvidas pelo BP Money, Andressa Bergamo, fundadora da AVG Capital, e Mariana Conegero, sócia da The Hill Capital, analisaram o cenário e projetaram o que esperar para o mês de outubro.

Desempenho do ativo em setembro

De acordo com Andressa Bergamo, o aumento nas taxas dos títulos prefixados e atrelados à inflação, como o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+, refletiu a elevação das expectativas de juros futuros. Esse aumento foi impulsionado pela postura mais rigorosa do Banco Central, que respondeu ao aumento persistente da inflação e aos crescentes riscos fiscais.

Entre os principais fatores que contribuíram para esse cenário, Andressa destaca o início da elevação da Selic, com o Banco Central tentando controlar a inflação acima da meta. Além disso, os riscos fiscais, como o aumento dos gastos governamentais e a falta de controle sobre as contas públicas, geraram incertezas no mercado, pressionando os prêmios de risco dos títulos.

Mariana Conegero acrescenta que, em setembro, o aumento das preocupações fiscais e a possibilidade de novas altas na Selic aumentaram a pressão sobre os juros futuros, o que impactou negativamente os preços dos títulos já em circulação.

A inflação, especialmente em setores como alimentos e energia, continuou sendo um fator preocupante, intensificando as expectativas de juros mais altos.

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