Os títulos prefixados negociados no Tesouro Direto sobem nesta quarta-feira (28). Por outro lado, os títulos IPCA+ caem. Na terça-feira (27), os prefixados recuaram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 11,71%, com investimento mínimo de R$ 31,17. Na terça-feira, a rentabilidade foi 11,68%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 11,98%, acima dos 11,90% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,14%, ante 12,05% anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho negativo nesta quarta-feira. Os títulos registram retorno de 5,77%, abaixo dos 5,79% apresentados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 cai, gerando rentabilidade de 5,83%, ante 5,84% visto anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O mercado espera pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), que será feito nesta quarta-feira.
Em suas últimas declarações, Powell adotou foi duro ao destacar que o Fed precisa estar confiante de que a inflação desacelerou para reduzir os juros nos EUA.
O mercado também repercute o anúncio de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) fará compras temporárias de Gilts (títulos do governo) de longo prazo, com o objetivo de reverter a depreciação da libra.
No Brasil, os investidores ainda repercutem o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), a prévia do índice oficial de inflação do Brasil, que registrou deflação de 0,37% em setembro, após também ter mostrado queda de 0,73% em agosto, apontou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Os EUA anunciaram nesta quarta-feira um novo pacote de armas e suprimentos de 1,1 bilhão de dólares para a Ucrânia para reforçar as forças de Kiev a médio e longo prazo.