Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto recuam nesta quarta-feira (29). Na terça-feira (28), os títulos prefixados caíram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 11,97%, com investimento mínimo de R$ 36,60. Na terça-feira, a rentabilidade foi de 12,06%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,63%, abaixo dos 12,73% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,78%, ante 12,92% registrado anteriormente.
O Tesouro IPCA+ 2035 apresenta um desempenho negativo nesta quarta-feira. O título registra retorno de 6,09%, ante 6,17% reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045 também registra um resultado negativo, gerando rentabilidade de 6,27%, ante 6,34% apresentado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior. Os agentes financeiros, após temores de uma crise no setor bancário, estão com esperanças crescentes de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) poderá fazer uma pausa na alta dos juros nos país, apoiando ações de tecnologia e de crescimento.
No cenário local, os investidores aguardam o desfecho das negociações sobre o novo arcabouço fiscal do País. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), irá se reunir nesta quarta-feira com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para debater de forma conclusiva a nova regra fiscal.
Além disso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enviou uma mensagem a todos os líderes partidários convocando-os para uma reunião na qual o ministro da Fazenda apresentará o arcabouço fiscal. É esperado que o encontro aconteça ainda nesta quarta-feira.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O Kremlin disse nesta quarta-feira que o confronto da Rússia com Estados hostis e o que chamou de “guerra híbrida” que o Ocidente está travando contra ela durará muito tempo.