Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto recuam nesta terça-feira (4). Na segunda-feira (3), os títulos também caíram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 11,92%, com investimento mínimo de R$ 36,71. Na segunda-feira, a rentabilidade foi de 11,93%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,47%, abaixo dos 12,54% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,58%, ante 12,66% registrado anteriormente.
O Tesouro IPCA+ 2035 apresenta um desempenho negativo nesta terça-feira. O título registra retorno de 6,10%, ante 6,14% reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045 também registra um resultado negativo, gerando rentabilidade de 6,27%, ante 6,31% apresentado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior. Os investidores estão digerindo as preocupações sobre os efeitos inflacionários do corte na produção de petróleo em países da Opep+, anunciado no domingo (2). A Organização revelou um corte de mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia.
O presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) de St. Louis, James Bullard, disse em entrevista à “Bloomberg TV” na última segunda-feira que a decisão inesperada da Opep+ criou um cenário de incerteza para o futuro da política monetária norte-americana.
No cenário local, os investidores estão focados na participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no evento Brazil Investment Forum, do Bradesco BBI (BBDC4). As atenções estão voltadas para novas sinalizações sobre os detalhes do novo arcabouço fiscal.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. A Finlândia tornou- se oficialmente membro da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte) nesta terça-feira. A entrada do país praticamente dobra a extensão da fronteira da aliança militar com a Rússia, adicionando cerca de 1.300 quilômetros.