Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto recuam nesta segunda-feira (3). Na sexta-feira (31), os títulos também caíram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 11,93%, com investimento mínimo de R$ 36,69. Na sexta-feira, a rentabilidade foi de 12,03%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,54%, abaixo dos 12,65% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,66%, ante 12,78% registrado anteriormente.
O Tesouro IPCA+ 2035 apresenta um desempenho negativo nesta segunda-feira. O título registra retorno de 6,14%, ante 6,15% reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045 também registra um resultado negativo, gerando rentabilidade de 6,31%, ante 6,33% apresentado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior. A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou no último final de semana um corte de mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia, abandonando as garantias anteriores de que manteria a oferta estável para manter um mercado estável.
A Arábia Saudita liderou o cartel prometendo sua própria redução de oferta de 500 mil barris por dia. A Rússia, que também pretende reduzir em 550 mil a produção diária, disse que o corte que estava implementando de março a junho continuaria até o final de 2023. Outros membros,incluindo Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Argélia, seguiram o exemplo da Arábia Saudita.
No cenário local, os investidores brasileiros esperam que o novo arcabouço fiscal, que irá detalhar o regime substituto do teto de gastos, seja enviado para o Congresso Nacional nos próximos dias.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. A Finlândia irá se tornar oficialmente membro da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte) na próxima terça-feira (4), segundo divulgou o gabinete da presidência do país nesta segunda-feira.