Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto avançam nesta terça-feira (21). Na segunda-feira (20), os títulos recuaram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,30%, com investimento mínimo de R$ 36,20. Na segunda-feira, a rentabilidade foi de 12,26%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,03%, acima dos 12,98% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 13,18%, ante 13,08% registrado anteriormente.
O Tesouro IPCA+ 2035 apresenta um desempenho neutro nesta terça-feira. O título registra retorno de 6,28%, ante mesmo valor reportado anteriormente. Já o título IPCA+ 2045 registra um resultado positivo, gerando rentabilidade de 6,47%, ante 6,45% apresentado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior. Os investidores estrangeiros esperam ansiosamente pela reunião do Fed na próxima quarta-feira (22). Após a crise do SVB (Silicon Valley Bank), a projeção é que o Banco Central norte-americano aumente a taxa em 0,25 ponto percentual, diferente do 0,5 previsto anteriormente.
No cenário local, começará nesta terça-feira a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O encontro vai até amanhã, quando será anunciada a decisão do colegiado sobre os próximos passos na taxa básica de juros do país, a Selic. A expectativa do mercado é de manutenção dos 13,75% ao ano.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a tecer críticas contra o BC (Banco Central) e ao presidente do banco, Roberto Campos Neto. O chefe do executivo afirmou nesta terça-feira que irá continuar pressionando a instituição financeira para reduzir a atual taxa de juros.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira, após conversas com o presidente chinês, Xi Jinping, que as propostas chinesas podem ser usadas como base para um acordo de paz na Ucrânia, mas que o Ocidente e Kiev ainda não estão prontos para isso.