As taxas dos títulos do Tesouro Direto avançaram nesta segunda-feira (15), após dias de quedas consecutivas. A maior abertura ocorreu nos títulos prefixados curtos, de 2027, que tiveram alta de 0,11 p.p. (pontos percentuais).
O avanço dos títulos do Tesouro ocorreu após o mercado reduzir as projeções para a inflação em 2024, conforme o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, após uma sequência de nove altas na estimativa para 2024.
A projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o ano foi de 4,02% para 4,0%, conforme o Boletim Focus. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,96%. Na segunda atualização do dia, a estimativa foi de 11,31% no fechamento da última sexta-feira (12).
Em relação aos prefixados para 2031 e 2035, havia taxas de 11,95% e 11,72% na segunda atualização do dia, respectivamente. No último fechamento, os valores eram de 11,82% e 11,60%, respectivamente.
Os títulos de inflação tiveram movimentos diferentes. O papel mais curto, de 2029, abriu 0,04 p.p., de 6,11% para 6,15% de juros reais nesta segunda-feira.
Os títulos de 2035 e de 2045, por sua vez, permaneceram praticamente estáveis. Segundo o “InfoMoney”, o papel de dez anos foi de 6,12% para 6,13% e os de 20 anos apresentaram um leve crescimento de 6,24% para 6,25%.
União fecha 2023 com patrimônio líquido negativo de R$ 5,586 tri, diz Tesouro
O patrimônio líquido da União, ou seja, a diferença entre o total de ativos e passivos da administração pública, ficou negativo em R$ 5,586 trilhões em 2023, o que corresponde a um aumento nominal de R$ 234 bilhões (4,4%) em relação a 2022. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Relatório Contábil do Tesouro Nacional de 2023.
Os ativos da União avançaram de R$ 6,71 trilhões para R$ 7,37 trilhões. Contudo, esse crescimento não superou a elevação do passivo da União, que passou de R$ 12,06 trilhões para R$ 12,96 trilhões no período analisado.
Já os recebíveis do Tesouro Nacional perante as instituições financeiras apresentaram forte redução de saldos devedores a partir de 2015. Conforme dados do Tesouro, esse fato ocorre devido a amortizações antecipadas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).