Na retomada das operações do Tesouro Direto, que foram suspensas na sessão desta quarta-feira (27), devido à alta volatilidade dos juros, as taxas dispararam, com o título de inflação que vence em 2035 pagando retorno superior a 7,05% ao ano.
A suspensão é um procedimento padrão do Tesouro Nacional em momentos de grande oscilação das taxas, com o intuito de proteger o mercado de movimentos bruscos e desordenados.
Entre os prefixados, o título com vencimento em 2027 chegou a 13,61% ao ano, enquanto o de vencimento para 2031, foi a 13,40%, também os maiores patamares de 2024, segundo o “InfoMoney”.
Parte desse movimento se deve às notícias de que o governo federa incluirá no pacote fiscal, que será anunciado oficialmente na noite desta quarta-feira, a isenção do IR (Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
O mercado se preocupa porque, ao mesmo tempo que as medidas cortaram as despesas também abririam mão de receitas, o que pode afetar a eficácia do pacote, disseram analistas, segundo o veículo.
A relação entre as taxas e preços dos títulos é inversa, sendo assim, quando os juros sobem, os preços dos papéis caem, o que pode representar perdas momentâneas para quem já possui os títulos.
Tesouro Direto tem maior resgate da série histórica em setembro
Conforme informação divulgada pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (25), o Tesouro Direto registrou em setembro o maior resgate da série histórica iniciada em 2002, de R$ 6,19 bilhões.
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Por sua vez, as aplicações no Tesouro Direto somaram R$ 6,77 bilhões no período em questão. Com isso, houve aplicação líquida de R$ 582 milhões.
Dessa forma, o estoque do programa teve uma alta de 11% na comparação mensal, fechando a R$ R$ 143,1 bilhões.
Enquanto isso, aumentou para aproximadamente 1,2 mil o número de investidores ativos do Tesouro Direto, que têm alguma aplicação no programa, também na comparação mensal, atingindo 2,666 milhões.
O valor médio das operações foi de R$ 8,333 mil, ao passo que as aplicações de até R$ 1 mil representaram 55,7% do total no mês, segundo o “Valor”.
Os títulos com vencimento entre 1 e 5 anos (79,1% do total) e acima de 10 anos (14%) foram os mais vendidos. Logo depois vieram os títulos com vencimento entre cinco e dez anos (6,9%).
Por fim, a demanda maior foi pelos títulos do Tesouro Direto indexados à Selic, somando 57,1% do total. Na sequência, vieram aqueles indexados à inflação (33,8%) e prefixados (9,1%).
