Renda fixa

Tesouro Direto: taxas dos títulos disparam com projeção do IPCA

Mais cedo nesta última sessão do ano, por conta da volatilidade nos títulos do Tesouro Direto, as negociações foram suspensas

Tesouro Selic ou Tesouro IPCA+
Tesouro Selic ou Tesouro IPCA+ (Foto: Pixabay)

Na última sessão ano, nesta segunda-feira (30), as taxas dos títulos públicos operam com forte alta. Por conta da volatilidade dos ativos as negociações foram suspensas mais cedo. A remuneração do Tesouro IPCA com vencimento em 2029 superou novamente o patamar de 7,7%.

O pagamento do Tesouro IPCA+ com vencimento pra 2029 chegou a 7,75% por volta de 11h50 (horário de Brasília), após encerrar os negócios da última sexta-feira em 7,67%. Enquanto isso, os títulos atrelados à inflação com prazo em 2035 estavam pagando 7,47% no mesmo horário.

Já o rendimento dos títulos IPCA+ com prazo em 2045, seguia em 7,20%, mesmo patamar do fechamento de sexta-feira (27).

Em paralelo a isso, os títulos prefixados do Tesouro com vencimento em 2027 ofereciam uma rentabilidade de 15,79% nesta sessão, ante 15,72% no último fechamento. Ao passo que os papéis para 2031 apresentavam de 15,32%, contra 15,30% na véspera, segundo o “Valor”.

O mercado financeiro está repercutindo o resultado do Boletim Focus do BC (Banco Central), divulgado mais cedo nesta segunda-feira, que revelou maior pessimismo com a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial do país, nos próximos três anos.

Esta projeção marcou a décima semana seguida de aumento nas estimativas para o IPCA em 2025, de 4,84% para 4,96%.

Haddad: BC e Tesouro coíbem movimentos especulativos de mercado

Fernando Haddad (PT), o ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira (18) que o BC (Banco Central) e o Tesouro Nacional atuam para coibir eventuais movimentos especulativos de mercado. Além disso, defendeu que o trabalho do governo na área fiscal é consistente. 

Na avaliação de Haddad, o câmbio está apresentando flutuações em decorrência do momento de incertezas para o mercado financeiro. 

Em entrevista a jornalistas enquanto se dirigia a um almoço com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, para discutir sobre a tramitação do pacote fiscal, Haddad afirmou que a Fazenda seguirá acompanhando o tema, mas disse acreditar que os movimentos vão se acomodar.

Em paralelo a isso, o mandatário da pasta acrescentou que o Congresso Nacional deve finalizar nesta semana a votação de medidas de contenção de gastos, incluindo a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e o PL (Projeto de Lei) enviados pelo governo. 

O PLP (Projeto de Lei Complementar) já foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (17) e Haddad se mostrou confiante de que não haverá desidratação das iniciativas.