As taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto caem nesta terça-feira (3). Os agentes financeiros aguardam as decisões acerca das taxas de juros no Brasil e nos EUA na quarta-feira.
Às 15h19 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 entregava rentabilidade anual de 12,28%, menor que a taxa de 12,32% do dia anterior. Os títulos prefixados com vencimento em 2029 e 2033 ofereciam juros reais de 12,25% e 12,32%, respectivamente. Os valores também estão abaixo dos retornos de segunda-feira (2), de 12,31% e 12,41%.
O Tesouro IPCA+ 2026 possui rentabilidade anual de 5,26%, ante os 5,68% apresentados nos títulos atrelados à inflação com vencimento em 2035 e 2045. Entre os títulos com juros semestrais, o Tesouro IPCA+ 2055 é o principal destaque, oferecendo 5,80% de juros e investimento mínimo de R$ 41,66.
A variação das taxas de juros de títulos públicos ocorre um dia antes das reuniões das autoridades monetárias do Brasil e dos EUA, que irão decidir as taxas de juros nos dois países. O Copom (Comitê de Política Monetária) começou a se reunir nesta terça-feira, e amanhã irá divulgar se haverá alta na taxa básica de juros.
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Nos EUA, a expectativa é de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) aumente a taxa de juros em 0,5 ponto percentual. O presidente do Fed, Jerome Powell, havia indicado que o aumento é necessário para controlar a inflação no país.
Nesta terça-feira foram divulgados os dados da produção industrial no Brasil. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o indicador recuou 4,5% no primeiro trimestre de 2022. Na comparação mensal, a indústria avançou 0,3% em março, acima do esperado pelo consenso Refinitiv.
Por fim, influenciam nas taxas do Tesouro Direto os dados sobre emprego nos EUA. O relatório Jolts, publicado nesta terça-feira, mostra que houve amplo crescimento nas vagas de emprego no país. Em março, o índice atingiu um patamar recorde. Os postos em aberto totalizaram 11,5 milhões, 200 mil acima do registrado no mês anterior.
