Tesouro Direto: taxas recuam com dados da inflação

Após quatro semanas, o Boletim Focus voltou a ser divulgado, e apontou aumento na previsão anual da inflação

Os títulos do Tesouro Direto são negociados em baixa nesta terça-feira (26), após dias consecutivos de alta nas taxas. Influenciam na variação das taxas de retorno a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central, o aperto monetário em vários países e o lockdown na China. 

Às 15h19 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 entregava rentabilidade anual de 12,18%, com investimento mínimo de R$ 36,72. Os títulos do Tesouro Prefixado com vencimentos em 2029 e 2033 ofereciam retornos de 12,18% e 12,27%, respectivamente. 

Entre os títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2055 entregava juros semestrais de 5,79%, enquanto o 2032 e o 2040, prometiam 5,56% e 5,65%. Os títulos Tesouro IPCA+ 2026 oferece taxas reais de 5,39%. Por fim, os títulos com vencimento em 2035 e 2045 entrega rentabilidade de 5,66%.

As taxas dos títulos públicos são afetadas pelo primeiro Boletim Focus após quatro semanas sem a publicação do relatório pelo Banco Central, devido à greve de servidores da instituição. Segundo o relatório, a expectativa do mercado é de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) seja de 7,65% em 2022, frente aos 6,86% esperados na última divulgação. 

Além disso, a nova previsão é de que o ciclo de alta da Selic finalize o ano em 13,25%, contra 13% do último balanço. Os investidores também esperam a divulgação do IPCA-15 na quarta-feira. 

A forte volatilidade é influenciada também pela variação do dólar. A divisa norte-americana fechou a segunda-feira em alta, custando R$ 4,875. Os mercados refletem a possibilidade do Fed (Federal Reserve, o banco central nortre-americano) assumir uma postura mais agressiva em relação à inflação, aumentando a taxa de juros. 

No exterior, mexem com as taxas de juros do Tesouro Direto os temores acerca da Guerra na Ucrânia, após Putin declarar que perigo de guerra nuclear é real, e a adoção de medidas mais restritivas para conter surtos de covid-19 na China.

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