As operações do Tesouro Direto foram interrompidas por uma hora na manhã desta terça-feira (19), com nova ofensiva do exército russo no leste da Ucrânia. Por volta das 12h, os papéis já haviam retornado. A Secretaria do Tesouro Direto suspende as negociações quando o mercado está muito volátil, de forma a evitar que o investidor feche transações que podem mudar de preço rapidamente.
Às 15h22 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2033 apresentava os maiores juros reais, de 12,19%, com cota mínima de R$ 36,25. Os 2025 e 2029 oferecem rentabilidade de 12,17% e 12,08%, respectivamente. As taxas operam em estabilidade.
Os papéis atrelados à inflação também não apresentam muita diferença em relação ao fechamento anterior. O Tesouro Selic+ 2026 entrega rentabilidade de 5,34%, enquanto os juros dos títulos 2035 e 2045 oferecem juros anuais de 5,60%. Entre os títulos com juros semestrais, o Tesouro IPCA+ 2055 é o destaque, oferecendo rentabilidade de 5,72%.
Influenciam na variação dos títulos públicos notícias da nova ofensiva das tropas russas no leste da Ucrânia. Nesta terça-feira, a Rússia iniciou a “segunda fase” da guerra, com foco na região de Donbass. O exército russo quadruplicou o número de bombardeios em território ucraniano na comparação com o dia anterior, realizando 1.260 ataques durante a madrugada.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). O índice da inflação subiu 1,84% na segunda leitura de abril. Cinco das sete capitais pesquisadas apresentaram alta na comparação com a semana anterior.
Também influencia no comportamento do Tesouro Direto as declarações de James Bullard, presidente do Federal Reserve de St. Louis. Bullard voltou a defender o aumento da taxa de juros nos EUA para 3,5% até o fim do ano, acima do esperado pelo mercado. O temor da inflação no país fez com que os rendimentos dos Treasuries, títulos do Tesouro americano, disparassem.