Os títulos do Tesouro Direto são negociados em baixa nesta terça-feira (10), após quatro dias consecutivos de alta nas taxas. Os destaques do dia são a ata divulgada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e o volume de vendas no varejo em março.
Às 15h24 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,43%, com investimento mínimo de R$ 36,68. O Tesouro Prefixado 2029 entregava taxa de 12,48%, ante 12,53% no dia anterior. O Prefixado 2033 com juros semestrais oferecia retorno real de 12,60%, levemente abaixo dos 12,61% verificados ontem.
Entre os títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 paga 5,53%, enquanto os títulos com vencimento em 2035 e 2045 pagam 5,79%. O Tesouro IPCA+ 2032 com juros semestrais entrega 5,70%, enquanto o título com vencimento em 2040 oferecia 5,75%. As negociações do Tesouro IPCA+ 2055, o papel mais longo, estão suspensas.
O destaque desta terça-feira é a divulgação da ata da última reunião do Copom, quando o Comitê decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 11,75% para 12,75%. No documento, a autoridade monetária reafirmou a posição de que deve elevar a taxa básica de juros na próxima reunião, em junho, mas em um ritmo menor.
Outro destaque foi o volume de vendas no varejo, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A Pesquisa Mensal do Comércio (PCM) indicou que o volume de vendas avançou 1% em março ante fevereiro.
Na cena internacional, mexem com as taxas do Tesouro Direto as declarações da presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester. Ela firmou acreditar que uma alta de 50 pontos-base nas próximas duas reuniões “fazem todo o sentido”. “Pode muito bem ser que a taxa de desemprego tenha que subir um pouco, podemos obter um trimestre de crescimento negativo ou lento, mas isso terá que acontecer se quisermos reduzir a inflação”, declarou.