Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto tiveram alta nesta quinta-feira (02) e entregam rentabilidade maior do que o registrado na quarta-feira (01).
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,63%, com investimento mínimo de R$ 36,80. Na quarta-feira, a taxa estava em 12,48%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,65%, acima dos 12,49% registrados no dia anterior. Já o Prefixado 2033 com juros semestrais oferece 12,81%, tendo alta em relação aos 12,68% registrados anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 avançaram nesta quinta-feira. Os títulos registraram retorno de 5,75%, acima dos 5,72% registrados na quarta. O Tesouro IPCA+ 2055 também apresentou crescimento nesta quinta-feira, gerando rentabilidade de 5,85%, ante 5,81%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Investidores repercutem os números de criação de emprego no setor privado (ADP) americano. De acordo com o Departamento de Trabalho, foram criadas 128 mil vagas – percentual que ficou abaixo das projeções dos analistas.
Nesta quinta-feira, a Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), divulgou o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro. O PPI saltou 37,2% em abril, ante mesmo mês do ano passado. Em relação a março, o PPI do bloco avançou 1,2% em abril.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) foi divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasikeiro de Geografia e Estatística). O índice cresceu 1,0% no primeiro trimestre de 2022 na comparação com o quarto trimestre de 2021, puxado pelo setor de serviços, mas ficou abaixo da expectativa do mercado, cuja projeção era de alta de 1,2%, segundo o consenso Refinitiv. É o terceiro resultado positivo para o PIB trimestral, desde o recuo de 0.2% no segundo trimestre de 2021.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Nesta quinta-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que as forças russas estão ocupando quase 20% da Ucrânia, incluindo a Crimeia.