Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto tiveram alta nesta terça-feira (14) e entregam rentabilidade maior do que o registrado na segunda-feira (13).
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 13,18%, com investimento mínimo de R$ 36,49. Na segunda-feira, a taxa estava em 12,79%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,23%, acima dos 12,89% apresentados na segunda-feira. Já o Prefixado 2033, com juros semestrais, oferece 13,25%, tendo alta em relação aos 12,93% registrados anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentaram alta nesta terça-feira. Os títulos registraram retorno de 5,80%, valor acima dos 5,73% registrados na segunda-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 também apresentou desempenho positivo nesta terça-feira, gerando rentabilidade de 5,92%, ante 5,86%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os investidores repercutem a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiu 0,8% em maio na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano.
Os investidores seguem à espera do pronunciamento do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) na quarta-feira (15), que deve aumentar os juros do país em 0,75 ponto percentual. A autoridade monetária já elevou os Fed Funds duas vezes neste ano, sendo que o último aumento foi de 0,50 ponto em maio.
No Brasil, os agentes financeiros ecoam o volume do setor de serviços, que cresceu 0,2% em abril na comparação com março, apontam dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Nesta terça-feira, o exército ucraniano admitiu que as tropas russas conseguiram expulsar os seus soldados do centro de Severodonetsk, cidade estratégica do leste da Ucrânia e cenário de combates há várias semanas.