Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentam desvalorização nesta terça-feira (23). Na segunda-feira (22), os títulos tiveram resultados mistos.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,00%, com investimento mínimo de R$ 30,65. Na segunda-feira, a rentabilidade foi 12,20%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 11,97%, abaixo dos 12,15% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,14%, ante 12,29% anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho negativo nesta terça-feira. Os títulos registram retorno de 5,82%, abaixo dos 5,86% registrados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 cai, gerando rentabilidade de 5,87%, ante 5,90% registrado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os agentes financeiros voltaram a acreditar que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) terá que elevar os juros em 75 pontos-base na reunião de setembro, segundo o CME Group.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 49,9 em julho para 49,2 em agosto, atingindo o menor nível em 18 meses e permanecendo abaixo da barreira de 50 que sinaliza contração da atividade. Os dados preliminares foram divulgados nesta terça-feira pela S&P Global.
No Brasil, os investidores brasileiros aguardam os números da prévia da inflação (IPCA-15), que será apresentado na quarta-feira (24).
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. A China apresentou na segunda-feira (22) um protesto formal aos EUA pela visita do governador republicano Eric Holcomb, do estado norte-americano de Indiana, a Taiwan, poucos dias após o governo dos EUA anunciar negociações comerciais com Taipei.