Tesouro Direto: títulos apresentam queda nesta quarta-feira

Tanto os prefixados quanto títulos IPCA+ têm tendência de baixa nesta quarta-feira (08)

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto tiveram queda nesta quarta-feira (08) e entregam rentabilidade menor do que o registrado na terça-feira (07). 

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,79%, com investimento mínimo de R$ 36,74. Na terça-feira, a taxa estava em 12,73%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,79%, abaixo dos 12,80% apresentados no dia anterior. Já o Prefixado 2033, com juros semestrais, oferece 12,86%, tendo queda em relação aos 12,92% registrados anteriormente. 

Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentaram baixa nesta quarta-feira. Os títulos registraram retorno de 5,75%, abaixo dos 5,77% registrados na terça-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 também apresentou desempenho negativo nesta quarta-feira, gerando rentabilidade de 5,85%, ante 5,87%.

O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os investidores ainda repercutem a informação de que o Banco Mundial reduziu a previsão da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) global em 2022 de 4,1%, projetado em janeiro, para 2,9%. De acordo com o relatório “Prospectos Econômicos Globais”, divulgado nesta terça-feira, a economia mundial também enfrenta crescentes riscos de estagflação.

No Brasil, os agentes financeiros estão cautelosos por conta das declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro(PL) contra o preço dos combustíveis. O presidente propôs aos governadores dos estados desonerar integralmente o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel e o gás de cozinha. Em troca, Bolsonaro se comprometeu a zerar os PIS, Cofins e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidentes sobre a gasolina e o etanol.

O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. De acordo com o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, o aumento do preço dos cereais pela queda das exportações, que pode provocar uma crise alimentar mundial, é consequência da “invasão russa” da Ucrânia, e não das sanções contra Moscou.