Tesouro Direto: títulos avançam com ata do Fomc

Tanto os títulos prefixados quanto os títulos IPCA+ apresentam tendência de alta nesta quarta-feira (25)

Os títulos negociados no Tesouro Direto subiram nesta quarta-feira (25). Tanto os prefixados quanto os títulos IPCA+ entregam rentabilidade maior do que o registrado na terça-feira (24).

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,39%, com investimento mínimo de R$ 36,90. Na terça-feira (24), a taxa estava em 12,38%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,34%, maior dos 12,21% registrados no dia anterior. Já o Prefixado 2033 com juros semestrais oferece 12,52%, tendo alta em relação aos 12,35% registrados anteriormente. 

Os títulos IPCA+ também apresentam alta nesta quarta-feira (25). Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 registraram retorno de 5,76 %, maior do que os 5,75% da última terça-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 alavancou nesta quarta-feira, gerando rentabilidade de 5,85%, ante 5,81% anteriormente. 

O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no Brasil e no exterior. Os integrantes do Comitê de Política Monetária do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) sinalizaram novos aumentos na taxa de juros básica em 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões, de junho e julho, de acordo com a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) divulgada nesta quarta-feira.  

No Brasil, os investidores aguardam a votação do projeto que reduz a alíquota do ICMS a 17%, medida que promete diminuir a pressão inflacionária no País.

A alta dos títulos do Tesouro Direto ainda são influenciados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, que subiu 0,59% em maio. O resultado, divulgado na última terça-feira, ficou acima do consenso Refinitiv (0,45%). O IPCA-15 agora acumula alta de 4,93% no ano e de 12,20% em 12 meses.

O cenário geopolítico global também acabou influenciando o Tesouro Direto. Nesta quarta-feira, Andrei Rudenko, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, exigiu o fim das sanções contra Moscou para evitar uma crise alimentar mundial devido à interrupção das exportações ucranianas de cereais desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.