Os títulos prefixados negociados no Tesouro Direto apresentam alta nesta quinta-feira (21). Por outro lado, os IPCA+ têm resultado misto. Na quarta-feira (20), os títulos registraram valorização.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 13,49%, com investimento mínimo de R$ 36,71. Na quarta-feira, a rentabilidade foi de 13,41%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,585%, acima dos 13,55% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, apresenta uma rentabilidade anual de 13,68%, a mesma de quarta-feira.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho neutro nesta quinta-feira. Os títulos registram retorno de 6,23%, mesma rentabilidade registrada anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 registra baixa, gerando rentabilidade de 6,27%, ante 6,29%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O BCE (Banco Central Europeu) elevou a taxa de juros pela primeira vez em 11 anos. O ajuste foi de 0,50 ponto percentual, trazendo a taxa de depósitos de -0,5% para 0%.
Os investidores ainda monitoram a temporada de balanços nos EUA, por conta dos temores cada vez maiores de que a economia norte-americana possa entrar em recessão no ano que vem.
A Rússia retomou o fornecimento de gás para a Europa por meio do gasoduto Nord Stream 1. O corte de abastecimento pressionou o euro nos últimos dias.
No Brasil, investidores continuam a exigir juros elevados para emprestar dinheiro ao Tesouro Direto, fazendo com que o Banco Central discuta um avanço da Selic para além da reunião de agosto.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. A União Europeia (UE) aprovou nesta quinta-feira mais um pacote de sanções econômicas contra a Rússia pela invasão à Ucrânia. Denominada de “manutenção e alinhamento”, as medidas introduzem uma nova proibição de compra, importação ou transferência de ouro. A medida também se aplica a joias.