Os títulos do Tesouro Direto são negociados em alta nesta segunda-feira (25), pagando juros maiores do que no último fechamento, na sexta-feira (22). Às 15h20 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia 12,15% de rentabilidade, com o investimento mínimo custando R$ 36,74. Os prefixados 2029 e 2033 (com juros semestrais) apresentavam taxas ainda maiores, de 12,18% e 12,32%, respectivamente.
Após declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de que o Copom (Comitê de Política Monetária) deve aumentar em um ponto percentual a taxa básica de juros, investir nos títulos públicos atrelados à inflação se torna mais atrativo. Os títulos do Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 oferecem rentabilidade anual de 5,65%, enquanto o 2026 entrega ganho real de 5,39%.
Em relação aos títulos com juros semestrais, o destaque vai para o Tesouro IPCA+ 2055, com juros de 5,78% e cota mínima de R$ 41,59. Os papéis com vencimento em 2032 e 2040 entregam rentabilidade de 5,57% e 5,64%, respectivamente.
Influenciam no aumento das taxas de retorno do Tesouro Direto os temores dos mercados em relação à desaceleração econômica da China. O país vem implementando lockdowns rigorosos para conter a covid-19. Medidas mais restritivas foram adotadas em Xangai, e um possível lockdown na capital Pequim deixa os investidores apreensivos.
Graças às notícias vindas da China, as bolsas asiáticas e europeias fecharam o dia em queda, e o Ibovespa segue o mesmo caminho. Por volta das 15h30, o índice recuava 0,70% em relação ao fechamento anterior.
Deve pesar no desempenho das taxas do Tesouro Direto a divulgação dos dados do IPCA-15, que devem ser divulgados na quarta-feira (27). Os dados podem mexer com as expectativas do mercado, pois irá verificar os impactos das questões geopolíticas nos preços das commodities e outros setores.