Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto recuam nesta quarta-feira (08). Na terça-feira (07), os títulos também caíram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,65%, com investimento mínimo de R$ 35,74. Na terça-feira, a rentabilidade foi 12,90%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,38%, abaixo dos 13,56% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 13,43%, ante 13,57% registrado anteriormente.
O Tesouro IPCA+ 2035 apresentou um desempenho negativo nesta quarta-feira. O título registra retorno de 6,41%, ante 6,46% apresentado anteriormente. Por outro lado, o IPCA+ 2045 se manteve neutro, gerando rentabilidade de 6,54%, ante mesmo valor registrado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior. O presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta quarta-feira que os dirigentes da instituição monetária ainda não decidiram o ritmo do aumento de juros que será feito na reunião do próximo dia 22 do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Os investidores estrangeiros ainda aguardam pela divulgação do payroll, relatório de geração de empregos do mês de fevereiro nos EUA.
No Brasil, o mercado segue de olho nos debates sobre o novo arcabouço fiscal do País, prometido pelo governo Lula para este mês. A expectativa é que a nova regra fiscal possa abrir espaço para que o Banco Central comece o processo de cortar a taxa de juros mais cedo.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O ministro da Defesa de Taiwan disse na terça-feira (7) que a ilha não permitirá “repetidas provocações” da China. O ministro das Relações Exteriores da China havia dito que Taiwan foi a “primeira linha vermelha” que não deve ser atravessada nas relações com os EUA.