Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto subiram nesta segunda-feira (27) e entregam rentabilidade maior do que o registrado na sexta-feira (24).
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,61%, com investimento mínimo de R$ 37,10. Na sexta-feira, a taxa estava em 12,55%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,74%, acima dos 12,66% apresentados na sexta-feira.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentaram alta nesta segunda-feira. Os títulos registraram retorno de 5,79%, valor acima dos 5,76% registrados na sexta-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 apresentou desempenho neutro nesta segunda-feira, gerando rentabilidade de 5,93%, mesmo valor registrado na última sexta-feira.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os investidores esperam nesta semana discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) e Banco Central Europeu (BCE).
O mercado exterior ainda espera as divulgações do PCE (Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal) nos EUA e a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, sigla em inglês) da Zona do Euro.
No Brasil, os agentes financeiros repercutem a divulgação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que acelerou a 2,81% em junho, após alta de 1,49% em maio. O índice é medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os investidores brasileiros ainda esperam a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos combustíveis, que deve ir à votação no plenário do Senado na terça-feira (28).
Ainda na terça-feira, o relator da proposta, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), vai apresentar o parecer e detalhar como será a operacionalização para incremento do voucher caminhoneiro, Auxílio Brasil e vale-gás.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Nesta segunda-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou aos líderes do G7 que quer que a guerra com a Rússia termine até o final do ano, antes do início do inverno.