Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto caíram nesta quinta-feira (23) e entregam rentabilidade menor do que o registrado na quarta-feira (22).
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,36%, com investimento mínimo de R$ 37,27. Na quarta-feira, a taxa estava em 12,39%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,54%, abaixo dos 12,55% apresentados na quarta-feira. Já o Prefixado 2033, com juros semestrais, oferece 12,74%, tendo alta em relação aos 12,70% registrados anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentaram queda nesta quinta-feira. Os títulos registraram retorno de 5,72%, valor abaixo dos 5,76% registrados na quarta-feira. O Tesouro IPCA+ 2055, por outro lado, apresentou desempenho positivo nesta quinta-feira, gerando rentabilidade de 5,90%, ante 5,89%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Nesta quinta, o presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve ser “bem forte” no segundo semestre deste ano, apesar do forte aperto monetário.
Na quarta-feira, Powell disse que o Fed está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação. Ele também observou que uma recessão é uma possibilidade.
No Brasil, o Banco Central informou que a projeção do PIB passou de 1% para 1,7% para 2022. A previsão superou a previsão publicada pelo governo federal, que visava 1,5% de crescimento até o final deste ano.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Nesta quinta-feira (23) será realizada a 14ª Cúpula dos BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A reunião será feita de forma virtual, presidida pelo governo chinês. O tema do encontro será: “Promover a parceria Brics de alta qualidade e inaugurar uma nova era para o desenvolvimento global”.