Tesouro Direto: títulos têm queda nesta quinta-feira

Tanto os prefixados quanto títulos IPCA+ têm tendência de baixa nesta quinta-feira (09)

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto tiveram queda nesta quinta-feira (09) e entregam rentabilidade menor do que o registrado na quarta-feira (08). 

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,57%, com investimento mínimo de R$ 36,94. Na quarta-feira, a taxa estava em 12,79%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,71%, abaixo dos 12,79% apresentados no dia anterior. Já o Prefixado 2033, com juros semestrais, oferece 12,78%, tendo queda em relação aos 12,86% registrados anteriormente. 

Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentaram baixa nesta quinta-feira. Os títulos registraram retorno de 5,70%, abaixo dos 5,75% registrados na quarta-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 também apresentou desempenho negativo nesta quinta-feira, gerando rentabilidade de 5,82%, ante 5,85%.

O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira manter sua taxa de refinanciamento em 0%, a de depósitos em -0,50% e a de empréstimo em 0,25%. Apesar da manutenção, o BCE firmou o compromisso de elevar as taxas de juros em julho e setembro. 

Na China, o superávit comercial ficou em US$ 78,8 bilhões em maio, acima dos US$ 59,5 bilhões previstos pela pesquisa do “Wall Street Journal”. O país havia registrado um superávit comercial de US$ 51,1 bilhões em abril.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,47% em maio na comparação com abril e agora acumula alta de 11,73% em 12 meses. O consenso Refinitiv projetava uma alta mensal de 0,60% e anual de 11,84%.

O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky destacou,nesta quinta-feira, o grande impacto da invasão militar da Rússia, com milhões de pessoas fugindo da Ucrânia, no que a autoridade qualificou como a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.