Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentam resultados mistos nesta segunda-feira (22). Na sexta-feira (19), os títulos subiram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,20%, com investimento mínimo de R$ 30,50. Na sexta-feira, a rentabilidade foi 12,24%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,15%, abaixo dos 12,16% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,29%, ante 12,28% anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho positivo nesta segunda-feira. Os títulos registram retorno de 5,86%, acima dos 5,85% registrados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 sobe, gerando rentabilidade de 5,90%, mesmo valor registrado anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os agentes financeiros voltaram a acreditar que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) terá que elevar os juros em 75 pontos-base na reunião de setembro, segundo o CME Group.
Nesta segunda-feira, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou o corte da taxa básica de empréstimos de um e de cinco anos.
No Brasil, segundo o Relatório Focus apresentado nesta segunda-feira pelo Banco Central, as estimativas para a inflação oficial em 2022 agora estão em 6,82%, abaixo dos 7,02% vistos na semana passada. Para 2023, os economistas apontam que o IPCA deve encerrar em 5,33%, contra 5,38% na semana passada.
Os investidores brasileiros aguardam os números da prévia da inflação (IPCA-15), que será apresentado na quarta-feira (24).
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O serviço de segurança da Rússia (FSB, na sigla local) acusou o serviço especial da Ucrânia pela morte de Darya Dugina, a filha do filósofo ultranacionalista russo Alexander Dugin, considerado um dos maiores influenciadores do presidente do país, Vladimir Putin.