Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto têm alta nesta terça-feira (30). Na segunda-feira (29), os títulos apresentaram desvalorização.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,20%, com investimento mínimo de R$ 30,59. Na segunda-feira, a rentabilidade foi 12,12%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,20%, acima dos 12,09% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,34%, ante 12,24% anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho positivo nesta terça-feira. Os títulos registram retorno de 5,89%, acima dos 5,82% registrados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 sobe, gerando rentabilidade de 5,99%, ante 5,93% visto anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os mercados repercutem as declarações de membros do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), após uma postura lida como mais hawkish(inclinada ao aperto monetário) de Jerome Powell, presidente do Fed, em discurso na sexta-feira (26).
No Brasil, os investidores monitoram o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que registrou uma deflação de 0,70% em agosto. No acumulado em 12 meses, a inflação desacelerou para 8,59% em agosto, segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta segunda-feira.
De acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda-feira, a expectativa de inflação para 2022 e 2023 continua sendo reduzida pelo mercado financeiro. Foi a nona queda consecutiva para o IPCA deste ano no Boletim Focus, em meio à redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo, e a segunda para 2023.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. A região ucraniana de Kherson, ocupada pela Rússia, foi palco de confrontos nesta terça-feira (30/08), após Kiev anunciar no dia anterior o início de uma contraofensiva no sul do país.