Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentam alta nesta quarta-feira (20). Na terça-feira (19), os títulos registraram valorização.
Às 15h35 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 13,41%, com investimento mínimo de R$ 36,76. Na terça-feira, a rentabilidade foi de 13,45%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,55%, acima dos 13,49% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, apresenta uma rentabilidade anual de 13,68%, ante 13,57%.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho positivo nesta quarta-feira. Os títulos registram retorno de 6,23%, acima dos 6,20% registrados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 também registra alta, gerando rentabilidade de 6,29%, ante 6,28%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil.Os mercados aguardam a decisão monetária do BCE (Banco Central Europeu), que será apresentada na quinta-feira (21). O consenso dos economistas é que a instituição financeira anunciará uma alta de 0,25 ponto percentual.
Os investidores ainda monitoram a temporada de balanços nos EUA, por conta dos temores cada vez maiores de que a economia norte-americana possa entrar em recessão no ano que vem.
Na Alemanha, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) saltou 32,7% em junho em comparação com igual período do ano passado, segundo dados publicados nesta quarta-feira (20) pela Destatis.
No Reino Unido, a inflação anual atingiu 9,4% em junho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, sigla em inglês). O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de junho é o mais alto em 40 anos.
No Brasil, os agentes financeiros estão de olho na possibilidade do Banco Central elevar a taxa Selic para além da reunião de agosto, diante de um cenário de maior inflação em 2023.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, relatou nesta quarta-feira (20) que os objetivos de Moscou na Ucrânia não estão mais limitados à região leste de Donbass, mas incluem vários outros territórios.