Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentam alta nesta terça-feira (19). Na segunda-feira (18), os títulos registraram valorização.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 13,45%, com investimento mínimo de R$ 36,71. Na segunda-feira, a rentabilidade foi de 13,34%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,49%, acima dos 13,35% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, apresenta uma rentabilidade anual de 13,57%, ante 13,46%.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho positivo nesta terça-feira. Os títulos têm retorno de 6,20%, acima dos 6,11% registrados anteriormente. O Tesouro IPCA+ 2055 também registra alta, gerando rentabilidade de 6,28%, ante 6,20%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os mercados aguardam a decisão monetária do BCE (Banco Central Europeu), que será apresentada na quinta-feira (21). É esperado que a autoridade monetária anuncie uma alta de 0,25 ponto percentual.
Os investidores também monitoram a temporada de balanços nos EUA, por conta dos temores cada vez maiores de que a economia norte-americana possa entrar em recessão no ano que vem.
No Brasil, os agentes financeiros continuam repercutindo a PEC dos Auxílios, estimada em R$ 41,25 bilhões de furo no teto de gastos, que está gerando um clima de risco fiscal. Muitos bancos esperam que a taxa Selic possa avançar para cima dos 14%, com ajustes que podem ir até setembro ou outubro.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Forças russas continuam atacando cidades em toda Ucrânia, com intenso bombardeio em Sumy no norte, bombas de fragmentação visando Mykolaiv e um ataque com mísseis em Odessa, no sul. A Rússia busca estender seu controle do sul e leste da Ucrânia.