Aversão ao risco

Tesouro tem boas oportunidades por taxas maiores, diz Santander (SANB11)

O cenário externo mais volátil afeta o ambiente doméstico e impacto títulos prefixados

Foto: Freepik
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Para o Santander (SANB11), os recentes transtornos sobre o mercado abriram uma janela de oportunidades no Tesouro Direto prefixado, bem como os ativos ligados à inflação. 

O Santander destacou, para esse cenário, o crescimento da aversão ao risco, que dominou os mercados, devido às incertezas quanto aos juros nos EUA. Além de preocupação com as questões fiscais brasileiras, que lançam dúvidas sobre os cortes na Selic (taxa básica de juros).

“Este movimento abre espaço para alocação, principalmente em títulos prefixados, desde que o investidor tenha perfil para tomar risco”, alegou Caio Camargo, estrategista de Investimentos do Santander Brasil. 

Conforme sua observação, o cenário externo mais volátil afeta o ambiente doméstico, fazendo as taxas oscilarem, o que gera as oportunidades de entrada no Tesouro Direto.

Uma opção interessante para os investidores que visam o longo prazo, segundo ele, é manter os ativos no portfólio até o vencimento. 

Nos EUA, as incertezas do mercado giram em torno do início do ciclo de redução dos juros, pois os números da inflação vieram acima do esperado. Já no Brasil, o fiscal preocupa após o governo Lula alterar as metas fiscais do resultado primário para 2025 e os anos seguintes, de acordo com o “Estadão”.

Títulos do Tesouro ligados ao IPCA são boas opções, avalia Santander

As taxas dos títulos prefixados, em torno de 10% nesta quinta-feira (18), estão altas, dessa forma, os prêmios podem ser um pouco melhores, segundo o banco. 

Isto levando em conta o ambiente projetado pelo Departamento Econômico do Santander, que espera um corte na Selic de até 9% ao ano, ainda em 2024, e mais 1 p.p. em 2025.

“Pode ser que a marcação de curto prazo sofra um pouco, mas pensando no longo prazo, é um investimento atrativo que pode fazer sentido para todos os investidores, com porcentual de alocação na carteira adequado ao seu perfil”, disse Camargo.

Quanto aos títulos públicos ligados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), Camargo indicou que as boas oportunidades estão nas taxas próximas de 6% maior que o índice. Sendo, também, maneiras de proteger a carteira.

“Se o mercado se estressar demais e tivermos uma inflação mais alta do que o esperado, esse título protege o investidor do possível repique nos preços”, explicou o estrategista do Santander.