A redução da alavancagem da Telecom Italia deve proporcionar maior flexibilidade financeira e apoiar o aumento dos dividendos da Tim Brasil (TIMS3), conforme avaliação do Bank of America (BofA) em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quarta-feira (3).
Nesta semana, a Telecom Italia (TI), controladora da operadora de telecomunicações Tim, anunciou a conclusão da venda de seus negócios de infraestrutura na Itália, NetCo, para o fundo de investimento americano KKR, em uma transação de 22 bilhões de euros.
O acordo deve beneficiar a Tim Brasil, uma vez que a redução da alavancagem da controladora, conforme observado pelo BofA, possibilitará que a subsidiária atinja um desempenho financeiro mais otimizado.
Os analistas Lucca Brendim, Gustavo Tiseo e Mirela Oliveira destacam como possíveis impulsionadores as sinergias potenciais com a Oi (OIBR3), novas fontes de crescimento de receitas, como a parceria com o C6 Bank, recuperação econômica e o acordo de compartilhamento com a Vivo.
No entanto, eles alertam para riscos como a expansão limitada do setor, que pressiona os preços, e a fraqueza nas adições líquidas nos últimos anos.
A recomendação para as ações da Tim é de compra, com preço-alvo de R$22. Às 11h30 (horário de Brasília), as ações da companhia subiam 1,58%, a R$16,04.
TIM (TIMS3) tem seu melhor 1º tri da história, alta anual de 19%
A TIM (TIMS3) divulgou na última segunda-feira (6) o melhor primeiro trimestre de sua história – em todas as linhas do balanço – revelando um lucro líquido normalizado de R$ 519 milhões no primeiro trimestre de 2024.
Esse resultado representa um aumento de 19% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o lucro líquido normalizado foi de R$ 437 milhões.
No entanto, lucro líquido da companhia, por sua vez, veio um pouco abaixo do esperado.
“Estamos andando exatamente conforme o planejado e de acordo com o nosso guidance,” o CEO Alberto Griselli disse ao Brazil Journal. “É o melhor primeiro trimestre da história da TIM Brasil.”
De acordo com o executivo, o mercado está operando de forma mais racional, o que favorece a estratégia da TIM de fornecer produtos de maior valor agregado e estabelecer preços mais altos por esses produtos.
“A empresa tem conseguido repassar preços acima da inflação, tanto no pós-pago quanto no pré-pago, e migração de clientes em planos de maior valor,” disse o analista da XP Bernardo Guttman, que viu os resultados da companhia como sólidos.