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Tim (TIMS3) visa aumentar a conectividade no agronegócio

CEO da operadora explicou que a falta de estrutura no campo e nas rodovias se apresentou como uma grande oportunidade

O CEO da Tim (TIMS3) Brasil, Alberto Griselli, informou ao mercado nesta terça-feira (12), que a companhia irá focar nas operações no agronegócio e no setor logístico, como parte estratégica do desenvolvimento de infraestrutura de dados móveis para digitalizar suas operações.

Nesse sentido, o CEO da Tim explicou que a falta de estrutura no campo e nas rodovias se apresentou como uma grande oportunidade, para se transformar em uma empresa voltada para serviços de celular e não de banda larga fixa. 

“Fomos escolher verticais onde a falta de infraestrutura é uma oportunidade de negócio, então estamos falando do agronegócio, estamos falando da logística. Nesses lugares nós montamos a infraestrutura e começamos a ganhar projetos que permitam os clientes a digitalizar suas operações e aumentar sua produtividade”, afirmou o executivo durante participação no Painel Telebrasil Summit 2023.

De acordo com Griselli, o Brasil detém cerca de 380 milhões de hectares onde se desenvolve o agronegócio e a pecuária. Ao todo, a Tim tem uma cobertura de 15 milhões de hectares. Sendo assim, o executivo explicou que existe uma margem de crescimento muito alta nesse segmento.

Plano estratégico da Tim

Além disso, a Tim também visa focar na cobertura de dados móveis em rodovias. Vale lembrar que neste ano, a companhia fechou contratos com a CCR (CCRO3) para digitalizar a Via Dutra e a Rio-Santos e com a EcoRodovias para conectar 850 km de rodovias com 4G.

Para explicar a operação, o executivo fez uma comparação similar ao agronegócio. Dos 50.000 km de concessões rodoviárias no Brasil, o CEO destacou que a Tim tem acordos para digitalizar cerca de 4.000 km, ou seja, é outro modal com um potencial de crescimento alto para a companhia.

Por fim, Griselli ressaltou que a estratégia de digitalizar empreendimentos logísticos é o acordo para implantar infraestrutura 5G no Porto de Santos. “Nosso projeto tem inspiração no Porto de Roterdã, na Holanda, que já usa essa tecnologia para movimentar os contêineres com mais velocidade e precisão”, finalizou o executivo.