Proteção

Títulos derivativos da crise climática tem demanda de US$ 25 bi

O número de contratos em aberto já é maior que há um ano, em 48%

Foto: Pexels
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O avanço da crise climática, que tem provocado mudanças e grandes tragédias, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, aumentaram a demanda por derivativos. Conforme apuração da Bloomberg Línea, baseado no valor nacional, os títulos derivativos em aberto podem valer até US$ 25 bilhões.

O volume médio de negociação de produtos listados cresceu além de 260% no ano passado. No momento, o número de contratos em aberto já é maior que há um ano, em 48%, segundo dados do CME Group.

As estimativas do setor, de acordo com o veículo, são de que o segmento com negociação público represente ao menos 10% de toda a atividade.

“Há muito mais caminho para o nosso negócio agora”, disse Marty Malinow, fundador e CEO da consultoria Parameter Climate.

“A maior fragilidade decorrente de volatilidade climática direta, problemas na cadeia de suprimentos, inflação, geopolítica. Isso significa que o clima pode consumir uma parte maior do resultado final agora”, completou ele.

Demanda por títulos derivativos para proteção cresce nos EUA

Em Wall Street, as negociações dos títulos de catástrofe estão em alta novamente. Mas há outros derivativos que também estão mais visados e oferecem proteção contra ameaças meteorológicas menos graves, contudo constantes.

Para efeito de comparação, os títulos de catástrofe pagam se um fenômeno que ocorre a cada cem anos destruir uma comunidade, ao passo que um derivativo climático pode compensar negócios turísticos quando chove por muitos dias, ou agricultores que têm as safras prejudicadas.

As ofertas do CME Group se expandiram em 2024 para atender a essa demanda. A cobertura da empresa agora alcança a Filadélfia, Houston, Boston, Burbank, Paris e Essen, na Alemanha. Bem como Chicago, Nova York, Londres e Tóquio.

“A trajetória de crescimento em que estamos agora tem muito mais potencial, muito mais vantagem”, disse Scott Klemm, diretor de receitas da Arbol.

Empresas expostas aos efeitos da crise climática impulsionam a demanda pelos títulos, assim como aquelas pressionadas por seus investidores e consumidores.

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