A Tok&Stok comunicou ao mercado, na noite desta segunda-feira (27), que assinou um acordo com os bancos credores. O acordo visa regular toda sua dívida bancária, estimada pela companhia em R$ 350 milhões.
Além disso, a Tok&Stok confirmou que recebeu um aporte de R$ 100 milhões da gestora americana Carlyle, que é um acionista controlador da varejista. A companhia já havia comunicado ao mercado sobre o aporte.
“O aporte fortalece o caixa da companhia em um momento em que a dívida bancária foi reestruturada, liberando os próximos 2 anos de pagamento aos bancos e permitindo que a operação volte a ser prioridade. Como resultado de seu processo de reestruturação, a companhia já apresenta geração de caixa positiva em 2023”, afirmou a Tok&Stok, em nota enviada ao InfoMoney.
Desse modo, a companhia confirmou que foram encerradas as operações de 17 lojas, que foram consideradas não rentáveis e a mudança em seu organograma.
“Diante de um momento desafiador de mercado, a empresa coloca seu foco na gestão de caixa e melhora da operação. Esse movimento manteve a presença física em todos os estados em que já atuava e as 51 lojas da rede operam no positivo”, comentou a Tok&Stok.
Vale lembrar que, a varejista enfrenta problemas de rentabilidade desde a pandemia, diante das restrições. Sendo assim, a companhia relatou durante um processo contra um fornecedor, que sua dívida total subiu de R$ 80 milhões para R$ 361 milhões entre 2019 e 2021.
“A conclusão dessa reestruturação financeira representa um sinal de confiança tanto dos credores financeiros, como dos próprios acionistas, que seguem otimistas em relação à retomada operacional da marca”, completa a varejista.
Tok&Stok evita liminar de despejo
A Tok&Stok evitou duas liminares de despejo em lojas do shopping Iguatemi (IGTI3) de Campinas (SP) e em Brasília (DF). Em São Paulo, o juiz Guilherme Rocha Oliva, da 12ª Vara Cível, considerou que não era possível antecipar a decisão de desocupação do imóvel, pois o contrato está garantido por fiança. O mérito do pedido ainda será analisado. A decisão é do dia 14 de junho e a varejista possui 15 dias para responder.
Já em Brasília, também foi apontada a existência de garantia no contrato. Por conta disso, a juíza Ana Leticia Martins Santini, da 23ª Vara Cível de Brasília, negou o pedido de liminar do Iguatemi para despejar a Tok&Stok.
Em decisão do dia 15 de junho, a magistrada escreveu que a Tok&Stok poderá “evitar a rescisão contratual e a decretação do despejo” com o pagamento dos aluguéis devidos, com multas e outras penalidades.