VILG11 entra com ação de despejo contra varejista

A notícia sinaliza um potencial problema de caixa na Tok&Stock, uma das maiores varejistas de móveis do País

O FII Vinci Logística (VILG11) entrou com uma ação de despejo, na quarta-feira (15), contra a Tok&Stok, inquilina de um de seus galpões logísticos. Segundo o “Brazil Journal”, a empresa ainda não pagou o aluguel que venceu no início do mês.

A notícia sinaliza um potencial problema de caixa na Tok&Stok, uma das maiores varejistas de móveis do País. 

O galpão é o Extrema Business I, localizado em Extrema, capital dos galpões, que fica próximo da fronteira de Minas Gerais com São Paulo.

Ainda de acordo com a publicação, o imóvel é locado exclusivamente para a companhia e representa 14% das receitas do VILG11 e 11% de sua área bruta locável. O FII ainda conta com outros 15 galpões em seu portfólio. 

Alugando o galpão desde 2020, a empresa deixou de pagar o aluguel em dia pela primeira vez neste mês. O contrato entre as partes tem duração de 10 anos e um seguro-fiança com cobertura equivalente a doze aluguéis vigentes.

Com isso, o VILG11 não deverá ter problema com valores e nem em achar um novo inquilino, já que, segundo a publicação, a região está com demanda crescente. 

Na ação de despejo, a Tok&Stok tem o direito de pagar o aluguel, acrescido de uma multa, para conseguir manter o contrato.

O patrimônio líquido do fundo imobiliário é de R$ 1,65 bilhão. A cota fechou o dia em R$ 90,77, um desconto de 19% em relação ao valor patrimonial. 

No MAXR11, dividendo cai pela metade com Americanas

O FII Max Retail (MAXR11) anunciou que distribuirá aos investidores R$ 0,3161 por cota em fevereiro, menos da metade do dividendo repassado no mês anterior – de R$ 0,67 por cota. 

O recurso representa um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) mensal de 0,54% e reflete o impacto da crise financeira da Americanas (AMER3) na operação da carteira. A varejista é locatária do fundo. 

“A distribuição de rendimentos divulgada na data de 07 de fevereiro de 2023, referente à locação do mês de dezembro de 2022, foi impactada em aproximadamente R$ 0,44 por cota”, confirma trecho do relatório gerencial do MAXR11, que trata exatamente da recuperação judicial da Americanas. 

Em janeiro, a gestão do fundo sinalizou que não recebeu da varejista o aluguel referente a dezembro. O valor de R$ 514 mil havia sido incluído na lista de dívidas da companhia. Dos nove imóveis do fundo, quatro estão locados atualmente para a Americanas, segundo relatório gerencial divulgado pela carteira em dezembro do ano passado. 

O receio do FII administrado pelo BTG Pactual (BPAC11) já havia sido antecipado pelo BP Money que apurou que cerca de 60% da receita do FII é oriunda do aluguel de lojas para a varejista. 

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