Dívida de R$ 642 mi

Tok&Stok: pedido de recuperação extrajudicial é acatado

O processo não deve atingir clientes, funcionários e fornecedores e a maior parte da dívida são débitos com bancos

Tok&Stok
Foto: Divulgação

O pedido de recuperação extrajudicial da TokStok foi acatado na última sexta-feira (9) pela  2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo. A varejista tem uma dívida estimada em cerca de R$ 642 milhões.

O processo não deve atingir clientes, funcionários e fornecedores e a maior parte da dívida que a companhia busca reestruturar são débitos com bancos e outras instituições financeiras.

Os credores da Tok&Stok que aprovaram o plano de recuperação extrajudicial – Bradesco, Santander, Domus e FS Investments – são responsáveis por 65% das dívidas da companhia.

O pedido foi aceito no mesmo dia em que a Mobly (também do segmento de móveis e decoração) anunciou aquisição do controle da Tok&Stok por meio de uma troca de ações.

O acordo estabelece que a Mobly adquirirá 60,1% do capital da Tok&Stok, atualmente detido por fundos administrados pela SPX Capital, anteriormente associados ao Carlyle. A transação será concretizada através de um aumento de capital na Mobly.

Tok&Stok: sem apresentar avanços, CEO é destituída e gestora assume

Na reunião do conselho de administração da Tok&Stok realizada nesta quarta-feira (17), os acionistas optaram pela destituição da atual presidente da empresa, Ghislaine Dubrule, membro da família fundadora e sócia minoritária da rede. As informações pertencem à apuração do Valor Econômico.

Em junho de 2023, Dubrule reassumiu o cargo executivo com o objetivo de revitalizar os resultados da rede, porém, não foi possível observar melhorias significativas nos números desde então. 

Diante desse cenário, a gestora Carlyle, detentora de 60% da empresa, optou por implementar um plano de reestruturação na liderança da varejista.

Não há consenso entre os acionistas, visto que a família Dubrule detém os outros 40% do capital da empresa.

Guilherme Santa Clara, especializado em reestruturação e otimização de custos, é o nome cotado para assumir o cargo, segundo fontes. 

A decisão foi complexa, já que Ghislaine Dubrule defendia sua permanência, argumentando por melhorias a longo prazo. 

Nos últimos meses, ela advogava pela manutenção das lojas deficitárias para recuperar os resultados, uma abordagem contrastante com a busca imediata de eficiência e retorno pelo fundo majoritário.

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