Smart Summit

Momento não é de sair, mas sim de comprar, diz diretor da Trígono

Fuzaro vê grande potencial nas ações da São Martinho, Jalles Machado, Tupy, Schulz e Metal Leve

Momento é de comprar, diz Trígono
Diretor de RI Advisors da Trígono Capital, Ricardo Fuzaro. Foto: Gabriel Rios

Apesar das dificuldades atuais no mercado financeiro está, o momento não é de vender papeis, mas sim de comprar, defende o diretor de Relações com Investidores da Trígono Capital, Ricardo Fuzaro. O executivo participa da Smart Summit, no Rio de Janeiro, e concedeu entrevista ao BP Money nesta quinta-feira (13).

“Tenham um período de calma, olhem exatamente que o preço sobre o lucro está um dos mais baratos possíveis. Então agora o momento não é de sair, pelo contrário, agora é o momento de comprar, porque se você vai com a maré, sem dúvida você vai ter o mesmo resultado”, destaca o diretor.

Fuzaro defende que, mesmo que o mercado de ações não esteja tão convidativo, é importante que os investidores sejam resilientes e observem os resultados das empresas, olhando sempre “além do óbvio”.

Ele recomenda que agentes do mercado estejam especialmente de olho nas empresas dos setores de transição energética e do agronegócio, “que têm uma tendência muito forte de crescimento”, destaca.

“Quem esperar um pouco, esperar essa maré que a gente está passando, sem dúvida tem uma perspectiva muito positiva para esse tipo de ativo”, observa.

Para o setor de transição energética, Fuzaro destaca a indústria automobilística, com a popularização dos carros elétricos e preocupações com a emissão de gases do efeito estufa no Brasil e no mundo.

São Martinho, Jalles Machado, Tupy, Schulz e Metal Leve são boas apostas no momento

Já no agronegócio, o executivo acredita que o maior potencial está nas sucroalcooleiras, como a São Martinho (SMTO3) e Jalles Machado (JALL3). “O álcool deve ser o combustível do futuro, a gente tem uma parte do álcool que vai na gasolina e o governo está se movimentando para colocar cada vez mais”, justifica.

“Esse setor tem uma tendência muito forte mundial e a gente está otimista de que, quando acabar essa maré com taxas de juros aumentando, deve vir um fluxo. É isso que a gente tem falado para os nosso investidores”, destaca.

Outras empresas com grande potencial, para Fuzaro, são a Tupy (TUPY3), a Schulz (SHUL4) e a Metal Leve (LEVE3), que hoje são consideradas médias, mas que têm grande potencial de duplicar ou até triplicar seus lucros, com capacidade de se tornarem large caps.

Para ele, as empresas estão tendo bons desempenhos, mas falta fluxo no mercado neste momento. As dez principais companhias que integram os fundos da Trígono têm tido crescimento nos lucros de 30% ao ano, destaca o executivo.

“A gente está muito positivo nesse cenário, aguardando uma melhora no momento do mercado, para que o fundo continue dando resultados, que no longo prazo têm sido extraordinários”, comenta.

A Trígono conta com 70 mil clientes e trabalha com a seleção de 10 a 12 empresas para cada um de seus fundos. De acordo com Fuzaro, o desempenho da empresa tem sido bom, mas tem faltado fluxo, especialmente estrangeiro, para que o desempenho melhore.