Commodities e mineração

Trump eleito: que ações podem sair valorizadas?

SLC Agrícola (SLCE3), BrasilAgro (AGRO3) e Braskem (BRKM5) podem estar entre as beneficiadas

Donald Trump/ Foto: Divulgação
Donald Trump/ Foto: Divulgação

Com a vitória de Trump nos EUA, investimentos em empresas como SLC Agrícola (SLCE3) e BrasilAgro (AGRO3) podem ser vantajosos, uma vez que o agronegócio pode ser um dos setores mais beneficiados pela eleição do ex-presidente. A avaliação é de Carolina Bohnert, especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital.

O planejador financeiro e especialista em mercado de capitais Idean Alves também aponta que as commodities podem ser beneficiadas, especialmente por conta de um expansionismo fiscal característico do governo Trump.

“Isso sem dúvida vai demandar matéria-prima não só dos EUA, mas do mundo, com destaque para o Brasil, então empresas bem posicionadas em commodities podem ser uma opção, pensando também em uma cenário cambial de dólar mais forte”, destaca o planejador.

A mineração e a siderurgia também são setores que podem sair ganhando, já que possíveis tarifas sobre produtos chineses podem aumentar o preço do aço, afirma Bohnert. “A Braskem (BRKM5) pode ver impactos positivos com a valorização do dólar, o que beneficia suas receitas em moeda americana”, avalia a especialista.

Trump eleito, e agora? Especialistas avaliam investimentos e economia

vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA caiu como uma bomba no Ibovespa. O índice iniciou o pregão desta quarta-feira (6) em forte queda, enquanto o dólar deve acelerar ainda mais e atingir novo recorde, avaliaram especialistas consultados pelo BP Money.

André Diniz, economista-chefe para internacional da Kinea, chamou atenção para as diferenças nos cenários políticos em 2016, quando Trump venceu as eleições pela primeira vez, e em 2024. Segundo ele, neste ano, a política tarifária deve estar no foco, o que impacta de forma negativa o crescimento de outros países – inclusive o Brasil.

“Em 2016 não havia uma situação fiscal tão ruim quando existe hoje e também não tinha um grau de aperto da economia tão alto quanto. Existe a tendência de que alguns cortes de impostos para as empresas sejam estendidos e, se você tem corte de impostos e proteções tarifárias para empresas norte-americanas, a tendência é que os fluxos de capitais não venham muito para emergentes”, explicou Diniz.

Com a carga tributária mais baixa, os juros devem subir, destacou William Castro Alves, sócio e estrategista-chefe da corretora digital Avenue. De acordo com o especialista, embora a redução dos juros seja bom para as empresas, “acentua ou gera percepção do risco fiscal”.

“Com esse risco fiscal, é cobrado um juro longo mais elevado, o que deve levar a um impacto inflacionário a longo prazo. Os juros amaricanos devem subir e fortalecer o dólar, o que é ruim para as moedas emergentes”, avaliou Alves.

Diante da possibilidade de taxas de juros estáveis ou ligeiramente ascendentes, Paulo Martins, CEO e fundador da Anova Research afirma que deve haver um incentivo para investimentos em setores que se beneficiam de margens de lucro mais amplas, como energia e financeiro.

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