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Tupperware deve pedir falência esta semana, com US$ 700 mi em dívidas

Em março, a empresa alertou que não tinha certeza se seus negócios poderiam continuar em meio ao enfrentamento de uma crise de liquidez

Tupperware
Foto: Divulgação

Não é de hoje que circulam indícios de que a Tupperware, famosa empresa de vasilhas plásticas, enfrenta maus bocados e caminha para a falência. Fontes disseram à Bloomberg News que essa realidade está mais próxima do que nunca, já que a empresa está se preparando para fazer o pedido ainda esta semana.

Os preparativos para o pedido de falência seguem negociações prolongadas entre a Tupperware e seus credores sobre como administrar mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões) em dívidas, aponta a publicação do site.

De acordo com a agência, os credores concordaram neste ano em dar um pouco de fôlego nos termos do empréstimo, mas a empresa falhou em se recuperar. A Bloomberg afirma que os planos não são definitivos e podem mudar.

Um representante da Tupperware não comentou a situação. Procurada pela Reuters, a Tupperware também não respondeu imediatamente a uma solicitação de comentário.

Em março, a empresa alertou que não tinha certeza se seus negócios poderiam continuar em meio ao enfrentamento de uma crise de liquidez.

Mais sobre a crise da Tupperware

A empresa, fundada em 1946, enfrenta uma crise financeira atribuída às mudanças no comportamento dos consumidores. Nos últimos anos, a demanda caiu e a Tupperware falhou em suas tentativas de se recuperar.

A marca estourou na década de 1950, quando as mulheres da geração pós-guerra realizavam “festas Tupperware” em suas casas para vender recipientes de armazenamento de alimentos, buscando empoderamento e independência.

Com a pandemia da COVID-19, a empresa também viveu um bom momento de vendas, devido à demanda por parte de famílias que ficaram em casa nos períodos de isolamento e cozinharam mais.

Depois disso, porém, as vendas caíram nos últimos trimestres à medida que houve a reabertura.

Recentemente, a Tupperware anunciou o fechamento de sua única fábrica nos EUA e a demissão de cerca de 150 funcionários.

Mudanças na liderança, incluindo a substituição do CEO Miguel Fernandez e de vários membros do conselho, visaram reverter a situação, mas a nomeação de Laurie Ann Goldman como nova CEO não conseguiu evitar a crise.