A Tupperware contratou o banco de investimentos Moelis & Co, o escritório de advocacia Kirkland & Ellis e o consultor de recuperação Alvarez & Marsal para evitar uma possível falência. A informação é do jornal “Valor Econômico”.
A empresa, que possui sede em Orlando, alertou esta semana que pode não ser capaz de continuar operando e que está explorando opções para aumentar a liquidez. A Tupperware estuda levantar financiamento de investidores e monetizar suas propriedades imobiliárias.
“Como outras empresas que foram impactadas pela pandemia, inflação e altas taxas de juros, estamos trabalhando com nossos consultores financeiros para melhorar nossa estrutura de capital”, afirmou um porta-voz da empresa.
A marca de recipientes de cozinha viu suas vendas caírem mais de 18% no ano passado em relação ao ano de 2021, para mais de US$ 1,3 bilhão. Além disso, a Tupperware também viu as vendas serem prejudicadas pelos bloqueios da covid-19, que limitaram a mobilidade dos consumidores.
Tupperware afundou na bolsa sob risco de falência
As ações da Tupperware, listadas na Bolsa de Nova York (NYSE) caíram 11% na manhã da última segunda-feira (10), no pré-mercado. De acordo com a agência “Dow Jones”, o motivo estava atrelado à marca mais famosa de “potinhos” do mundo ter levantado dúvidas na última semana sobre a sustentabilidade dos seus negócios.
Como informou o “Valor Investe”, em 2023, as ações da Tupperware já acumulam desvalorização de 42%. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 88%. No quarto trimestre de 2022, a companhia divulgou erros contábeis nos seus balanços.
Na última sexta-feira (7), a fabricante de utensílios domésticos afirmou que contratou assessores financeiros para ajudá-la a tentar buscar investidores e que está explorando diversas opções para melhorar sua liquidez.
Segundo a Tupperware, o atual cenário econômico desafiador, com redução na demanda e elevados custos financeiros, podem fazer com que sua liquidez de curto prazo seja comprometida caso não consiga arranjar alguma solução.