O UBS comunicou ao mercado, na manhã desta segunda-feira (12), que concluiu a aquisição emergencial do rival local Credit Suisse. Formando um banco suíço gigante com um balanço patrimonial de 1,6 trilhão de dólares e maior poder na gestão de patrimônio.
O presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, e o chairman, Colm Kelleher, ao anunciar o maior acordo bancário desde a crise financeira global de 2008, disseram que a aquisição criará desafios, mas também trará “muitas oportunidades” para clientes, funcionários, acionistas e a Suíça.
“Este é o início de um novo capítulo — para o UBS, que se autodenomina o maior gestor de fortunas do mundo, para a Suíça como centro financeiro e para o setor financeiro global”, informaram eles em carta aberta publicada em jornais suíços.
Nesse sentido, o grupo administrará 5 trilhões de dólares em ativos, em que o UBS será o líder da operação em mercados-chave que, de outra maneira, seria necessário anos para crescer em tamanho e alcance. A
Além disso, a fusão dos dois bancos coloca um ponto final na história de 167 anos do Credit Suisse, marcada nos últimos anos por escândalos e prejuízos.
UBS e Credit Suisse
Os dois bancos empregam juntos 120.000 pessoas em todo o mundo, embora o UBS já tenha informado que cortará empregos para reduzir custos e aproveitar as sinergias.
Em suma, o UBS concordou em 19 de março em comprar o credor por um preço irrisório de 3 bilhões de francos suíços, equivalente a 3,32 bilhões de dólares e até 5 bilhões de francos em perdas presumidas, em um resgate orquestrado pelas autoridades suíças.
Na última sexta-feira (9), o UBS assinou um acordo com o governo suíço sobre as condições de um apoio público de 9 bilhões de francos suíços, equivalente a 10 bilhões de dólares, para perdas decorrentes da liquidação de partes dos negócios do Credit Suisse.
No entanto, o UBS fechou o acordo em menos de três meses, um período curto frente à sua escala e complexidade, para fornecer maior segurança aos clientes e funcionários do Credit Suisse e evitar saídas.
Por fim, o governo suíço e o UBS ofereceram garantias de que a aquisição compensará os acionistas e não se tornará um fardo para o contribuinte. Ainda afirmaram que o resgate foi necessário para proteger a posição da Suíça como centro financeiro, que sofreria se o colapso do Credit Suisse desencadeasse uma crise bancária mais ampla.