UBS: CEO alerta sobre demissão após aquisição do Credit Suisse

Sergio Ermotti classifica a situação como "muito dolorosa"

O presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, nesta sexta-feira (2), comunicou ao mercado uma preocupação em relação aos cortes de funcionários do banco, após  a aquisição do Credit Suisse.

Nesse sentido, Ermotti alertou que as demissões no UBS devem ser formalizadas nos próximos dias. Durante um evento organizado pela Asset Management Association Switzerland em Berna, o presidente-executivo do banco afirmou que, não ser capaz de criar, a curto prazo, oportunidades de trabalho para todos, ainda destacou ser um processo muito doloroso. “As sinergias fazem parte da história”, completou.

“Precisamos dar uma olhada séria na base de custo das organizações independentes e combinadas e criar um resultado sustentável”, acrescentou. 

“Espero que nos próximos dias isso seja feito. Estamos finalizando os últimos quilômetros… temos mais de 170 aprovações dos reguladores”, comunicou. 

Vale lembrar que, Ermotti comandou o banco entre 2011 e 2020. No entanto, em abril deste ano, o executivo retornou ao banco, para supervisionar o maior negócio bancário desde a crise financeira global.

Aquisição do Credit Suisse

Em relação à nova aquisição, o presidente-executivo ressaltou que foi uma aquisição e não uma fusão com o Credit Suisse. Entretanto, afirmou que o banco adquirido detém muitas pessoas boas e talentosas, sugerindo que seus executivos podem desempenhar um papel maior no grupo combinado do que a equipe de liderança inicial revelada no mês passado pode ter indicado. 

Nessa remodelação, apenas o presidente-executivo do Credit Suisse, Ulrich Koerner, se juntou à liderança. Ermotti também insistiu que a nova entidade combinada, que terá um balanço patrimonial de 1,6 trilhão de dólares, aproximadamente o dobro do tamanho da produção econômica anual da Suíça, não é muito grande para o país.

O Partido Social Democrata da Suíça elaborou propostas para reduzir os ativos do UBS após a aquisição do Credit Suisse para reduzir o risco de outro resgate caro apoiado pelo Estado.

“Não acho que somos grandes demais para a Suíça”, informou o presidente-executivo do UBS, acrescentando que no setor bancário “tamanho importa”.

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