Previsão

UBS defende posição neutra no real diante de mudanças nos juros

O estrategista do UBS, Roque Montero, avalia que o "real está barato, posicionamento é leve e carry melhorou"

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UBS / Foto: Divulgação

Com a perspectiva de alterações na política monetária, o banco UBS recomenda manter uma postura neutra em relação à moeda brasileira, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira (16) aos clientes e ao mercado.

O estrategista do UBS, Roque Montero, avalia que o “real está barato, posicionamento é leve e carry melhorou”. Contudo, ele ressalta que os riscos fiscais ainda impactam a moeda brasileira. Diante desse cenário, Montero demonstra preferência por ativos atrelados às taxas de juros locais.

A recente fraqueza dos ativos de risco do Brasil reflete alterações nas expextativas sobre o risco fiscal a médio prazo. Além disso, a solidez do mercado de trabalho e outros indicadores macroeconômicos, como o desempenho das vendas no varejo, que apontam para uma demanda consistente, são vistos como fatores de pressão pelos analistas.

Mesmo assim, o UBS projeta que a inflação ficará abaixo das estimativas de consenso para os próximos dois anos.

O UBS prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve a taxa Selic em 100 pontos-base ainda este ano. No cenário central do banco, a expectativa é que os cortes de taxa de juros comecem no final do primeiro trimestre do próximo ano.

“A menos que a perspectiva fiscal se deteriore acentuadamente, a nossa perspectiva de inflação implica uma taxa Selic bem abaixo do consenso e das expectativas dos mercados até o final de 2025”, detalha o estrategista.

UBS BB vê 30% de chance de Selic voltar a subir em setembro 

A expectativa de queda da Selic em dezembro foi mantida no cenário base do UBS BB, mas a instituição alerta para “riscos crescentes” de elevações nos juros ainda este ano. Para o banco há 30% de chance de que o BC (Banco Central) seja forçado a aumentar a taxa básica em setembro.

Um ambiente com câmbio ainda mais depreciado, ou um quadro fiscal abaixo do esperado pelos agentes do mercado, é um panorama alternativo visado pelo UBS BB. 

“A resposta esperada da política monetária e uma política fiscal subsequente mais branda nos deixam com um cenário alternativo de três aumentos de 0,5 ponto percentual em setembro, novembro e dezembro”, disseram Alexandre de Ázara, economista-chefe do UBS BB e os economistas Fabio Ramos e Rodrigo Martins, em relatório.


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