Após aquisição do Credit Suisse

UBS está adiantado em cronograma de redução de custos, diz presidente

Ermotti afirmou que o UBS está expandindo sua participação de mercado e que a unidade de investimentos está progredindo

UBS BB
UBS / Foto: Divulgação

O presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, revelou nesta terça-feira (24) que a instituição está aproximadamente seis meses à frente em suas iniciativas de corte de custos e na integração do Credit Suisse.

Em uma conferência do Bank of America (BofA), Ermotti afirmou que o UBS está expandindo sua participação de mercado e que a unidade de investimentos está progredindo de acordo com as expectativas.

“Quando olho para o progresso dos custos, quando olho para a redução e simplificação dos ativos não essenciais, diria que estamos cerca de seis meses adiantados em relação ao cronograma”, disse Ermotti.

“Eu diria que estamos em uma boa trajetória. E, honestamente, acho que as coisas estão indo muito bem.”

Aquisição do Credit Suisse

No ano passado, o UBS adquiriu o Credit Suisse por 3 bilhões de francos suíços (equivalente a 3,54 bilhões de dólares) em uma transação orquestrada pelo governo, após o Credit Suisse enfrentar uma série de escândalos e prejuízos que resultaram em uma crise de liquidez.

O acordo transformou a Suíça em um país com apenas um banco global de grande porte, cujo balanço patrimonial é aproximadamente o dobro do tamanho da produção econômica anual do país, levantando preocupações sobre o monopólio do UBS no mercado financeiro suíço.

“Esse é o pré-requisito para enfrentar a próxima rodada de reduções de custos”, disse Ermotti. Ainda assim, pode levar algum tempo para que a economia de custos decorrente da integração dos dados dos clientes, por exemplo, se concretize, disse Ermotti.

“Bem, infelizmente, não veremos muito mais economia de custos antes do final de 2025 e até 2026, devido ao fato de ainda estarmos administrando dois bancos, dois sistemas, duas infraestruturas”, disse ele.

Ganhos de participação da UBS

Ermotti destacou que o UBS está ganhando participação de mercado em segmentos como ações, câmbio e consultoria de seu banco de investimentos, com destaque para o crescimento nos EUA.

“Vimos um ambiente muito construtivo em termos de volatilidade nos mercados no segundo trimestre”, disse Ermotti, observando, porém, que o terceiro trimestre será “um pouco mais desafiador” no que se refere à realização de negócios.