Mercado

UBS lança piloto de primeiro fundo tokenizado de renda variável

A gestora tenciona avaliar as vantagens desse produto de investimento e expandir sua presença no mercado do país

A UBS comunicou ao mercado, nesta segunda-feira (2), o lançamento do piloto de um fundo tokenizado de renda variável em Singapura

Nesse sentido, a UBS tenciona avaliar as vantagens desse produto de investimento e expandir sua presença no mercado do país, que tem apoiado projetos envolvendo criptoativos.

De acordo com o comunicado, a gestora explicou que o fundo será do tipo Variable Capital Company (VCC, na sigla em inglês), um tipo específico de veículo de investimentos de Singapura. Nele, os ativos do fundo são administrados por gerentes permissionados em nome dos investidores.

Ainda segundo a UBS, o lançamento do novo fundo é um componente de um projeto mais abrangente para integrar “vários ativos do mundo real” à tecnologia blockchain, por meio do “Project Guardian” (Projeto Guardião, em tradução livre), uma iniciativa colaborativa no setor financeiro liderada pela Autoridade Monetária de Singapura.

Projeto piloto da UBS

Desse modo, a gestora explicou que o piloto será “controlado”, ainda com um escopo limitado. Ele envolverá a tokenização de um fundo mútuo de investimento a partir de um contrato inteligente no blockchain Ethereum, habilitando “diversas atividades, incluindo subscrições e resgates de fundos”.

Para o chefe da UBS Asset Management para Singapura e o Sudeste Asiático, Thomas Kaegi, o lançamento é “um marco importante na compreensão da tokenização de fundos, com base na experiência do UBS em tokenização de títulos e produtos estruturados”.

“Através desta iniciativa exploratória, trabalharemos com instituições financeiras tradicionais e fintechs que atuam como fornecedores para ajudar a compreender como melhorar a liquidez do mercado e o acesso ao mercado para os clientes”, destacou o executivo.

UBS paga US$ 600 mi em novo custo após compra do Credit Suisse

A aquisição do Credit Suisse (CSGN) pelo UBS gerou um ganho grande para a gestora de ativos Apollo Global Management. Isso porque antes do negócio em março, o Credit havia concordado em vender a maior parte de seus produtos securitizados, considerados um de seus ativos mais valiosos, para a Apollo. 

Nesse sentido, o acordo, que foi fechado em novembro, fazia parte da estratégia do Credit Suisse de se transformar em um banco mais enxuto e com menor exposição a riscos.

Além disso, o banco ainda contratou a Apollo para gerenciar uma parcela dos ativos que manteve.

Nesta sexta-feira (29), o Credit comunicou que o encerramento de “certos acordos de gerenciamento” terá um custo de até US$ 600 milhões. Os custos estão relacionados a rever o contrato e pagar a Apollo uma soma, afirma uma fonte ligada ao assunto.

O Credit também planeja se desfazer de alguns portfólios de empréstimos que não estão alinhados com o núcleo de seus negócios, com uma perda prevista de US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre (3T23), de acordo com informações divulgadas pelo banco.

Entretanto, ainda não está claro como os US$ 2,2 bilhões atingirão o UBS. Em agosto, o banco havia comunicado que antecipava um lucro subjacente antes de impostos próximo do ponto de equilíbrio no terceiro trimestre deste ano.

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