UBS dobra oferta e oferece US$ 2 bi para comprar Credit Suisse

O acordo de ações entre os dois maiores bancos da Suíça deve ser anunciado neste domingo (19) à noite

 

O UBS aumentou a proposta para a compra do Credit Suisse. A oferta foi dobrada e agora é de US$ 2 bilhões. De acordo com o Financial Times, a mudança veio após pressão de acionistas que estariam insatisfeitos com o baixo valor ofertado anteriormente. O acordo de ações entre os dois maiores bancos da Suíça deve ser anunciado neste domingo (19) à noite.

Agora, o UBS pagará 0,50 por ação para o banco, antes em 0,25, mas ainda muito abaixo da cotação do Credit Suisse da última sexta-feira, em 1,86 fracos suíços.

Além disso, segundo o FT, o Swiss National Bank, autoridade monetária da Suíça, concordou em oferecer uma linha de liquidez de US$ 100 bilhões ao UBS como parte do acordo.

O Federal Reserve dos EUA deu seu consentimento ao acordo, acrescentaram. As autoridades suíças também estão prontas para mudar as regulação do país para evitar votação de acionistas.

As autoridades têm corrido para resgatar o banco de 167 anos, um dos maiores gestores de fortunas do mundo, depois de uma semana brutal que observou segunda e terceira maiores falências de bancos dos Estados Unidos na história.

Como um dos 30 bancos globais vistos como sistemicamente importantes, qualquer acordo com o Credit Suisse pode repercutir nos mercados financeiros globais.

Parceiros

Se a aquisição falhar, a Suíça está considerando assumir o banco integralmente ou manter uma participação significativa de capital próprio, noticiou a Bloomberg.

Gigante financeiro dos Estados Unidos, a BlackRock disse que não tem planos ou interesse em uma oferta rival pelo Credit Suisse, enquanto a Bloomberg noticiou que o Deutsche Bank estava analisando a possibilidade de comprar alguns dos ativos do banco.

 

Queda na bolsa

As ações do Credit Suisse voltaram a ter queda na bolsa de valores europeia. Na bolsa de Zurique, na sexta-feira (17), o banco fechou em queda de 8,01%. Esse declínio voltou a acender um alerta sobre a capacidade do setor bancário de voltar aos eixos.

Na quarta (15), o Credit Suisse sofreu a maior baixa de sua história. No dia seguinte, investidores passaram a ter algum otimismo depois que o banco anunciou que vai tomar US$ 53,7 bilhões de empréstimos do BC (Banco Central) suíço, medida que ascendeu as ações em até 18%.

O banco está passando por uma grande revisão estratégica com o objetivo de restaurar a estabilidade e a lucratividade após uma série de perdas e escândalos.