Os executivos do UBS tentaram, nesta quarta-feira (5), convercer os investidores do banco que a aquisição de emergência do Credit Suisse pode funcionar e compesar os acionistas.
O presidente Colm Kelleher chamou de marco para a indústria e um grande desafio para o banco, o maior resgate bancário desde a crise financeira global de 2008, ele disse aos acionistas do UBS que também significa “um novo começo e grandes oportunidades à frente para o banco combinado e para o centro financeiro suíço como um todo”.
No mês passado, as autoridades suíças anunciaram a compra do Credit Suisse pelo UBS em uma fusão forçada para conter mais turbulências no setor depois que o banco suíço chegou à beira do colapso.
Depois de uma corrida aos depósitos do banco, o governo suíço recorreu ao UBS, que comprou o Credit Suisse por 3 bilhões de francos suíços (3,3 bilhões de dólares), enquanto o país ofereceu mais de 200 bilhões de francos em apoio e garantias.
Kelleher disse no encontro de acionistas do banco na Basileia que o UBS está confiante em sua capacidade de administrar com sucesso a integração do Credit Suisse. “Acreditamos que a transação é financeiramente atraente para os acionistas do UBS”, disse ele.
O resgate organizado às pressas não apenas irritou e incomodou os acionistas de ambos os bancos, mas também muitos na Suíça.
Uma pesquisa da gfs.bern identificou que a maioria dos suíços não apoia o acordo que criará uma instituição financeira com ativos com o dobro do tamanho da produção econômica anual do país.
Credit Suisse: presidente admite fracasso em reunião com investidores
O presidente do Conselho de Administração do banco Credit Suisse, Axel Lehmann, se desculpou com investidores pelos erros do banco, nesta terça-feira (4). Além disso, reconheceu os choques financeiros causados pela instituição, ao passo que o credor está prestes a ser “engolido” pelo rival, o banco UBS, após uma aquisição organizada pelo governo.