A visão construtiva que o Itaú BBA avaliou para os negócios da holding de energia e infraestrutura, Ultrapar (UGPA3), reafirmou sua recomendação de compra das ações. Apesar disto, o fechamento da sessão Ibovespa da sexta-feira (16) indica que o preço-alvo dos papéis para este ano terá um recuo de 1,6%, atualmente o valor está em R$ 29,00.
Entre as 6 razões citadas pelo BBA para considerar a Ultrapar (UGPA3) uma companhia bem qualificada, a instituição diz que a holding tem uma relação mais saudável com revendedores. Além disso, o banco listou também: a composição de uma rede de postos robusta; uma participação de mercado crescente entre as maiores empresas do setor; e a recuperação sustentável nas margens e retornos.
Por último, a operação logística mais eficiente e um desempenho de margens impressionante para a Ultragaz. Segundo o Estadão, o BBA destacou que as ações da Ultrapar subiram 129% desde o início da cobertura sobre a companhia.
Essa teria sido a confirmação que os analistas precisavam sobre a resiliência dos negócios de distribuição de combustíveis e a confiança de que 2023 foi um ano de “virada” para a Ultrapar (UGPA3).
A formação da Ultrapar (UGPA3)
A companhia é composta por 3 empresas principais. Entre eles, os postos Ipiranga, a distribuidora de gás Ultragaz e a empresa de logística e armazenagem Ultracargo. Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello, analistas que assinaram o relatório, avaliaram todas as empresas do grupo.
Quanto aos postos Ipiranga, o BBA vê que a rede foi bem-sucedida no esforço para desmentir mitos de ineficiência levantados nos últimos anos, de acordo com o jornal.
“A empresa aumentou a consistência, coerência e transparência de sua estratégia de precificação para os postos de serviço. Também investiu em melhorar a proposta de valor da imagem da marca e dos serviços, o que se traduziu em maior satisfação entre seus revendedores, como pode ser visto nos resultados de pesquisas de NPS (Net Promoter Score) e em números autodeclarados”, afirmou o banco.
Já para a Ultragaz, o banco destacou a força de desempenho da empresa e sua estratégia para aumento da eficientes operacional e capilaridade.
“A margem Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Ultragaz cresceu 168% desde o primeiro trimestre de 2021, superando o setor, impulsionada principalmente por uma melhor realização de preços, melhores margens tanto para produtos envasados quanto a granel, e uma mudança na composição de vendas da empresa, focando nos clientes menores (que geram margens melhores)”, observa.
Enquanto isso, a Ultracargo segue com um posicionamento estratégico nos conjuntos logísticos principais do País. Isto, combinado com a capacidade instalada expandida tem gerado melhoria nas margens do negócio que integra a Ultrapar (UGPA3).